quinta-feira, 2 de abril de 2020

Meu último intento.


Voltando um pouco no tempo, quando decidimos que a vida nas grandes cidades e o sistema eram decisivamente um grande erro, um pequeno grupo de pessoas decidimos nos juntar e ir morar numa montanha desabitada (coisa que conto em detalhes no meu livro Montanha Louca) ali se instaurou uma espécie de comunismo primitivo, não haviam casas nem luz elétrica e demais supérfluos) fomos felizes durante um bom tempo. Compartíamos todas as coisas e todo era de todos. Como não havia luz elétrica tampouco existiam os refrigeradores nem televisores; motivo pelo qual carnes e outros derivados não eram consumidos, não que fossemos veganos, mas por razões óbvias nossa dieta era baseada em cereais e até em pastilhas para astronautas. Fazíamos jejuns de palavra nas segundas-feiras e de alimentos nas sextas-feiras. Era como uma escola de monges-guerreiros. Com o tempo isto sofreu uma adaptação (infelizmente) começaram a chegar crianças e outras culturas que foram desconfigurando este paraíso e com a chegada da luz elétrica, todos os demais vícios. Passarem muitos tempos/anos e em 2008, nosso querido Juan, me apresentou um documentário chamado "carne fraca" e conheci uma cara da humanidade que suspeitava mas não assim, com seu detalhes sórdidos. Imediatamente me volquei ao veganismo enxergando nele a oportunidade de alcançar a tão sonhada revolução. Permaneci muito tempo divulgando estas ideias na esperança de que se todos vissem o que eu tinha visto, a humanidade como um todo alcançaria finalmente seu salto quântico. Pfff! Tive todo tipo de confrontos de um lado e do outro, sim acho ridículo colocar saias em porquinhos, e estúpido levar água aos animais que vão para o matadouro. Tentei achar um equilíbrio entre a doença da falta de B12, o elitismo que o estilo de vida vegano impõe (inaccessível aos mais pobres) e o envenenamento sistemático que os vegetais aos que temos acesso carregam.
Enquanto ao preço real de comer carne que é concordar em que se trancafiem, amontoem, sequestrem suas crias e as condenem a vida insuportável e a morte lenta por inanição, a manipulação genética enfim o inferno dos animais na Terra... isto não pode terminar bem; já todos tinham sido alertados, pois bem, ninguém quer saber, na cegueira hipócrita se acusam uns a outros pensando que é mais cruel comer morcegos e pangolines ou mesmo cachorros do que fazer o diabo com vacas porcos e galinhas.  Para finalizar, nada disto está certo e eu já cansei de falar sobre o assunto, façam o que queiram e vão pastar. Ah e o vírus na real é um anti-vírus.
Shalom Assalamu Aleikom Ni Hao e Bau bau

Nenhum comentário:

Postar um comentário