terça-feira, 11 de junho de 2019

El barco en la botella/ O navio na garrafa.Prólogo

 El Prólogo
Voy a escribir el libro que a mi me gustaria leer. Que tenga todo de mi de lo que vi y aprendi sin omitir nada. Lo voy a escribir en español que es mi lengua madre y lo haré también en portugués que es mi segunda lengua, que como soy dupla, tengo que tener dos. Lo haré también como si se lo estubiera contando a alguien muy íntimo, a alguien que realmente merece saberlo todo. Le pondré la dedicatória: A todos los que amé en la Tierra. Que ellos saben que son muchos!
Nasci en el puerto de la Santa Maria de los Buenos Aires nieta de inmigrantes los sin tierra de la época, que huían de la guerra, en aquel tiempo salian de Europa y venian para las Américas, se exportó mucha gente en aquella época; recién llegados, no eram nadie dueños de nada, ni siquiera entendian el español y tampoco lo hablaban, sus heridas eran tan hondas que eran casi mudos.
En el colégio nos decian que nosotros eramos lo mejor de lo mejor de la galáxia, y yo muy ingenua, me lo creí. Nunca tube sentido del humor, siempre me llevé todo muy en sério, esto tubo grandes consecuencias rebeliones golpes de estado naufragios y una gran intensidad isenta de géneros.
Mis amigos casi todos judios compartian sus comidas y costumbres conmigo, y habia también un tio que no hablaba y se sentaba siempre y se quedaba quieto y nunca me voy a olvidar de lo que senti cuando vi aquellos números tatuados en su brazo.
Es una hora blanca de un quadrante blanco y yo, cansada de no ser nada y de no poder hacer nada, muero y resucito dos meses y medio después, estoy con todos los huesos rotos, inmobilizada por nueve largos meses, nueve meses? otra vez!
El remédio es amargo me dice Gabriel, sí el Arcángel! Ahora trabajás para mi. Me pareció gracioso en la ocasión ya que sin poder mover ni un músculo no sé cómo podria trabajar; pero el trabajo comenzó inmediatamente, y asi también lo fue la construcción del barco, un barco adentro de una botella. Cuando terminó el tiempo hospitalar me fui de alli con el trofeo.
Este recuerdo estubo conmigo un tiempo y después lo dejé con alguien que robó mi corazon y yo, en venganza lo dejé alli prisionero/prisionera;  era una memória que no cabia en el equipaje, una memoria de la que no queria, no podía deshacerme; sin sospechar que un dia podria se volver contra mí.

O Prólogo
Eu vou escrever o livro que eu gostaria de ler. Que tenha tudo de mim do que vivi e aprendi sem omitir nada. Vou escrevê-lo em espanhol que é a minha língua originária, e também em português que é a minha segunda língua, já que eu sou dupla, preciso ter duas.O farei também como se estivesse resumindo a história para alguém muito íntimo, para alguém que realmente merece saber tudo. Vou colocar na dedicatória: Para todos que já amei na Terra. Que eles sabem que são muitos!
Nasci no porto da Santa Maria de los Buenos Aires, neta de imigrantes, os sem-terra da época, que fugiam da guerra naquele tempo saiam da Europa y vinham para as Américas, se exportou muita gente naquela época; no eram ninguém donos de nada nem sequer entendiam o espanhol e nem tampouco o falavam, suas feridas eram tão profundas que eram quase mudos.
No colégio nos diziam que nós eramos o melhor do melhor da galáxia, e eu muito ingênua, acreditei . Nunca tive senso de humor sempre  levei tudo muito à sério, isto teve grandes consequências, rebeliões, golpes de estado, naufrágios y una grão intensidade isenta de gêneros.
Meus amigos quase todos judeus compartilhavam suas comidas e seus costumes comigo, y havia também um tio que no falava que ficava sentado,muito queto, nunca vou me esquecer o que senti quando vi aqueles números tatuados no seu braço.
É uma hora branca de um quarto branco e eu, cansada de não ser ninguém e não poder fazer nada; morro e ressuscito após dois meses e meio , estou com todos meus ossos quebrados imobilizada por nove longos meses, nove meses? outra vez!
O remédio é amargo me diz Gabriel, sim o Arcanjo! Agora você trabalha para mim. Achei graça na hora, já que sem poder mover nem um só músculo não sei como poderia trabalhar; mas o trabalho começou imediatamente, e assim também  foi a construção do barco, um barco dentro de uma garrafa. Quando terminou o tempo hospitalar me fui de ali com meu troféu.
Esta lembrança esteve comigo um tempo y depois a deixei com alguém que roubou meu coração, e eu, em vingança deixei ali prisioneira, uma memória que não cabia na bagagem, una memória da que não queria, não podia, me desfazer, sem suspeitar que um dia ela poderia se rebelar contra mim.


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